sábado, 6 de março de 2010

8 canecos, maravilha...


Quem gosta de carros, motores, sem dúvida alguma tem uma queda pelos V8, não é? Não importa a marca, configuração, cilindradas cúbicas, potência, etc, o oito cilindros disposto em V é uma celebridade no mundo automotivo.
Abaixo você vê um bloco genérico de como ficam dispostos os pistões e bielas:
Mas se engana que estes V8 que tanto amamos são usados apenas em automóveis. O V8 que foi patenteado por Léon Levavasseur em 1902 tem sua “base” usada também em caminhões, barcos, aviões e até motocicletas. :shock:
As primeiras notícias que se existem de uso do oito cilindros em automóveis são da Rolls Royce que produzia motores para aviões e adaptou uma versão em uma pequena quantidade de automóveis, mas a produção em massa de carros com este motor deu-se com os Cadillacs. Estes carros usavam motores de 5429cc (331polegadas cúbicas). Após isso várias divisões da GM começaram a adotar este motor, assim como em outras empresas. Mas infelizmente com os problemas financeiros dos EUA estes motores pararam de ser usados em linhas de produção.
Este motor é cheio de particularidades interessantes, uma delas é que ele possui duas formas de disposição de virabrequim, fazendo um motor externamente parecido, mas internamente com características bem diferentes. Por exemplo, a opção de cross-plane é a configuração utilizada na maior parte dos carros V8 de rua. Cada “perna” está a 90° de angulo do cilindro anterior, então se olharmos do fim do virabrequim, veremos uma cruz. Com está configuração pode se conseguir um equilíbrio muito bom em termos de vibração do motor, mas exige pesados contrapesos sobre o virabrequim. Isso faz com que o V8 cross-plane tenha uma retomada de giro do motor que não consegue acelerar ou abrandar o ritmo muito rapidamente em comparação com outros modelos, devido à maior massa rotativa.
A ordem de disparos de faísca deste motor são relativamente regulares, as faíscas de cada bancada ocorrem na ordem Esq Dir Esq Esq Dir Esq Dir Dir. Em carros com duplo escape, este tipo de explosão faz com que o ronco fique “embaralhado”, fazendo com que a maioria das pessoas associem o seu com o de motores potentes. E já que falamos deste lindo som, abaixo você poderá ver alguns vídeos com este som maravilhoso.
Os V8 se popularizaram muito nos EUA e hoje são muito usados em preparações fortes e por fanáticos, como os hot rodders, por serem compactos mas terem muitas cilindradas. É raro encontrar um V8 com menos de 3.0L.
Mas não pense que os oito cilindros em V são todos iguais, temos várias divisões internas deles, como por exemplo os ângulos de disposição dos cilindros, sendo os mais comuns de 90° e 60°, mas existem exemplares com 45° e até 14°, que foi produzido pela Lancia em 1922. Este mesmo conceito de motor é usado até hoje nos famosos VR6 da Volkswagen. Ainda existem as divisões de small block e big block, sendo este último denominado big porque o bloco inicial desta família começa em 5.9L (360 polegadas cúbicas). É importante lembrar que o famoso Hemi, da Dodge / Chrysler se encaixa nesta divisão de big block.
Por fim não poderia deixar de citar os principais motores V8 que existem por aí, confira abaixo algumas fotos e descrições destes que nos fazem ficar loucos com seu ronco:
GM V8 572 Big Block
GM V8 350 Small Block
Ford V8 302 Small Block
Ford V8 427 Big Block
Hemi V8 Big Block
Muito obrigado pela sua visita, deixe seu comentário sobre este post e como bônus eu brindo esta edição do Autoblog com um link para download de alguns papéis de parede muito bonitos, assim como dois vídeos incríveis da loucura de V8’s.
V8 de Lego
Mini V8 que funciona de verdade

Novas caras, antigos corações.


Olá amigos,
Como prometido, este post será dedicado aos designs inspirados no estilo retro-moderno. E como exemplo usarei os tão famosos muscle cars.
Sim, aqueles que já fizeram sucesso no passado e são tidos como ícones em seus segmentos até hoje. Logo, se são ícones, por que não continuar ganhando dinheiro com eles? E foi isso que as montadoras fizeram. Dodge, Ford e GM apresentam seus novos modelos para os clássicos Challenger, Mustang e Camaro, respectivamente. Este último ainda sem data oficial de lançamento, mas os protótipos já foram até vistos nos cinemas, como no filme Transformers.
A evolução deste design se resume ao uso de linhas mais contemporâneas, sem perder os traços de seus antecessores. O Dodge Challenger, por exemplo, usa a linha da cintura mais alta na janela traseira, o que ainda é destacado no novo modelo, exemplificando uma das marcas clássicas dos antigos cupês esportivos americanos. Outros fatos citados como elementos de design retro-modernos neste modelo são os 4 faróis dianteiros, pára-choques integrados, traseira alta, espelhos “aerodinâmicos”, etc. E claro, o clássico “elefante” embaixo do capô, o HEMI, que não faz parte do design, mas merece ser destacado.
Outro carro que teve seu design baseado nos seus antigos sucessos foi o Ford Mustang. O modelo, que já é vendido desde 2005, foi baseado nos traços do seu clássico irmão, o Mustang Fastback 1967.
Este modelo é tão clássico que foi usado nas filmagens do filme “60 Segundos”, se tornando quase o ator principal do filme, ou no caso atriz, Eleanor. Como base foi usado o modelo Fastback 1967 Shelby que foi re-estilizado por nada mais, nada menos que Chip Foose.
E destes grandes clássicos surgiu o tão esperado Mustang, apesar de não ser um fastback de verdade, ele mantém características de seu irmão mais velho, como os faróis duplos na dianteira, mais os faróis de neblina centrais herdados da versão Shelby, sem contar as clássicas sinaleiras traseiras com as 3 barras verticais.
Ainda fora de solo brasileiro aguardamos o lançamento oficial do Chevrolet Camaro. Este clássico não conta com um design definido, pois o tratam como protótipo, mas pelas linhas e pelo fator “ícone” teve seu design baseado nos Camaros 1969.
Uma das características deste ícone do início da década de 70 eram os faróis com “capas” escamoteáveis, que infelizmente não deverá ser usado no novo Camaro.
A Chevrolet mesmo trabalhando em fase de conceito em seu novo Camaro, já divulgou imagens do modelo conversível, confira abaixo uma foto deste conceito:
Pois bem, muito se fala de carros de fora do país, mas e os verdadeiros esportivos nacionais? Sim, eles também estão evoluindo. Um exemplo disso é a futura fabricação do Uirapuru Phoenix/GT. Este carro foi baseado no clássico esportivo nacional Uirapuru 4200GT da empresa Brasinca. Este clássico tinha apenas 3 marchas e chegava a 200 km/h. Tinha chassi próprio (algo incomum para a sua época) e motor de caminhão :shock:
Como na época os custos para a produção de um carro deste nível no Brasil não eram nada favoráveis (não que hoje seja, mas já temos mais facilidades) poucos carros destes foram fabricados e ainda existem. Agora que sabemos um pouco da história do Uirapuru, vamos saber mais do novo modelo o Phoenix/GT.
Ele recebe este nome por sair das cinzas, não vou me reter a história dele, pois poderá ser vista neste site do projeto oficial do carro. Site este que apresenta fotos dos 4200GT que ainda restam, e projeções do novo modelo, além de muitos fatos históricos.
Voltando ao design do Phoenix nota-se que apresenta uma evolução bastante drástica em termos de tecnologia e design, mas ainda mantém traços que lembram seu passado como a frente em cunha e o clássico vidro traseiro envolvente.
Por fim, não poderia deixar de citar o mais clássico dos clássicos esportivos nacionais, o OPALA. Quem leu o texto sobre mim deve entender a minha paixão por este modelo, mas com certeza não sou o único amante deste esportivo. O Opala infelizmente não apresenta re-estilizações oficiais, são apenas conceitos que encontrei na internet, mas achei válido ser postado aqui como ele poderia ficar nos dias em que vivemos.
A projeção que abaixo segue, foi encontrada no 
perfil de um artista brasileiro em um site de design diversificado americano. Este artista desenvolveu duas projeções do Opala, inclusive a outra projeção eu acredito que ele esteja trabalhando mais, mas esta que mostro abaixo achei a mais interessante para uma possível evolução de um verdadeiro SS esportivo da GM.
Nesta busca pela internet também encontrei outra projeção que exemplifica uma possível evolução deste esportivo, mas infelizmente não encontrei nada sobre o autor ou demais imagens do conceito.
Por fim, duas fotos deste clássico que merece uma salva de palmas, por ser um grande esportivo. E sempre fica a esperança de alguém da GM estar lendo este blog, e pensar num possível lançamento de um esportivo de verdade: Opala SS 2010 com um V6 3.6 na versão básica (o mesmo usado no Omega hoje) e uma versão limitada com um V8 LS7 de Corvette; por que não sonhar?

sexta-feira, 5 de março de 2010

O verdadeiro motociclista.




Tenho visto muita gente falando e escrevendo sobre "o verdadeiro motociclista". Acabei ficando curioso e procurando entender quem é esse cara; afinal, parece que muitos o procuram mas poucos já o viram.
Na multidão de vozes que falam sobre o assunto vi de tudo. Para alguns é uma questão de CC (estou falando de cilindrada e não de suor); nesta visão se exclui do grupo de canditos quem esteja abaixo de um determinado número. A marca limite varia mas, certamente, com 125cc você não pode ser um motociclista.Os donos de 125 reclamam, é claro, mas dizem que uma Pop 100 não pode ser chamada de moto.
Para outros, é o local por onde você trafega que determina se você é um "verdadeiro motociclista". Neste caso, só os estradeiros atingiriam tal nível de qualificação. Quem usa moto para ir ao trabalho, faculdade ou pequenos passeios não poderia conhecer a essência do motociclismo.
Pode-se encontrar também muita gente que define o motociclista pela adesão a um moto-clube. Assim, motociclista solitário é uma vergonha para a classe, alguém totalmente desprezado. Se fizer parte de um moto-grupo, pelo menos, começa a adquirir algum respeito e o direito de existir. Agora, motociclista mesmo só depois de conseguir o seu colete. Alguns ainda acrescentam umas regrinhas extras, não permitindo a retirada do colete por qualquer motivo (pra tomar banho pode?).
Outra vertente segue a linha da idade. Opa! Agora vou me dar bem. O verdadeiro motociclista seria o "tiozão" que pode contar como eram as coisas no "seu tempo", quando um motociclista sempre acenava ao cruzar com outro, independentemente de marca ou cilindrada. Se for esse o caso, realmente será difícil achar o "verdadeiro motociclista", pois a maioria dos motociclistas não chega a envelhecer. Quem chegar lá terá provado que é um motociclista de verdade.
Mas, afinal, quem é esse cara (ou essa mulher) que todos procuram e ninguém encontra? Quem pode ser chamado de um verdadeiro motociclista?
Ora, a resposta é simples: sou eu; ou melhor: é você. Somos todos nós que, apesar de todos os riscos, da falta de segurança de nossas estradas, do grande número de idiotas dirigindo veículos que pesam toneladas, dos buracos, do IPVA e do DPVAT, apesar da discriminação, de sermos vistos como bandidos ao entrarmos num banco segurando o capacete, apesar da chuva que não acaba nunca, insistimos em andar sobre duas rodas.
A vida já é complicada demais e as pessoas divididas demais para ficarmos gastando nosso tempo e energia tentando decifrar quem pode ser chamado de um "verdadeiro motociclista".
Não vou deixar que ninguém me rotule, seja pela idade, seja pela cilindrada da minha moto ou pelo fato de eu andar sozinho ou em grupo. A liberdade não convive com rótulos.
Um verdadeiro motociclista? SOU EU!!!

quarta-feira, 3 de março de 2010

Lambretta de Papai.


Achei esta foto da linha de produção numa fabrica de Lambrettas, mas não consegui identificar de onde.
Mas assim mesmo, eu lembrei de quando meu querido Pai tinha suas Lambrettas e carregava praticamente toda a família, ele e mais quatro, e eu, sempre o menor na época, ia sentado no estepe!
Isso na década de 70. E é lógico, todos sem capacetes!!!


Era idêntica a esta!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Salão do automóvel de 1979


Fotos do stand da Volkswagen no Salão do Automóvel no final da década de 70 . É uma verdadeira viagem no tempo.
PS: Só de uma olhada no vestido das Volketes...maravilhoso...


Crash Test entre Bel Air 1959 VS. Malibu 2009



Certa vez, fui todo contente na oficina de meus amigos em que nos reunimos quase todos os sábados e logo conectei o notebook para mostrar este teste demoníaco em que um exemplar 0km Bel Air nada menos que 1959 é detonado contra um mero exemplar do ano passado.
Só sei que quase apanhei com tamanha petulância de mostrar esta colisão, desperdiçando assim este irrecuperável exemplar dos anos dourados. Mas que sirva para demonstrar a evolução do nível de segurança nos automóveis. É interessante notar como o motorista do modelo 1959 fica praticamente esmagado enquanto o habitáculo do modelo 2009 praticamente nada sofre. Os modelo atuais de automóvei são fabricados de tal forma que a frente deforme mais que os carros de algumas décadas atrás, exatamente para absorver o máximo da energia do impacto e, desta forma, garantir que o habitáculo do motorista sofra o menor dano possível. Se alguém quiser ver esse terrível vídeo no youTube:

Crash Test 1959 Chevrolet Bel Air VS. 2009 Chevrolet Malibu (Frontal Offset) IIHS 50th Anniversary



domingo, 28 de fevereiro de 2010

Carro dos sonhos...


Bel Air "Merlin V12" 1955

Não consegui muita informação deste insano Bel Air 1955, equipado com nada menos que um Rolls-Royce Merlin V12, o mesmo motor usado, entre outros, no avião de caça americano da Segunda Grande Guerra, P-51 Mustang. Trata-se de um V12 de 27-litros, com peso da ordem de 700 kg ou mais, dependendo da versão.
Para a instalação no Bel Air, o motor recebeu mudanças no sistema de alimentação, superalimentação e em toda a parte de baixo, para ficar ainda mais potente, com cerca de 3000 hp, pois os até 2030 hp originais não pareciam suficientes...
O carro levou mais de 10 anos para ficar pronto (somente o chassis levou 5 anos para ser fabricado e ajustado a contento), sendo construído por um preparador na Austrália, Rod Hadfield, finalizado em outubro de 2002. O valor total do empreendimento ultrapassou a cifra de US$1 milhão!
Toda a parte estética do carro, incluindo o interior, foi pensado de forma a reproduzir ao máximo o cockpit de um P-51 usado no 352nd Fighter Group durante a Segunda Guerra.Para aqueles que gostam de torque abundante já nas baixas rotações, esse carro é o paraíso!!! Segue abaixo um link de vídeo com o bólido. O ronco dos motores Merlin V12 é fantástico!